Me envia uma música. Não uma qualquer. Uma de amor, talvez. Ou uma tentativa de pedir perdão. Uma de recomeço. Ou de esperança de um recomeço.
Talvez um meme, onde a piada diga uma verdade que é difícil de falar.
Ou me indica um livro. Me diz a página e o parágrafo das coisas que você quer me dizer.
Vem sem avisar, sei lá… No fim de tarde de sexta. Me espera no portão.
E talvez baste apenas um sorriso seu para eu saber que já está tudo bem. Que podemos seguir.
Me escreve uma carta à mão. Me conta, com as suas palavras, as coisas que não soube dizer direito.
Aparece como quem está passando à toa, sem querer… bem ao lado da minha casa.
Me dá um “oi” baixinho. Me espera responder. E então me pergunta: “Como estão as coisas?” E emenda com algo como: “Tenho pensado em você.”
Faz alguma coisa… Qualquer coisa. Só não me deixa ir embora. Até porque eu não consigo.